Desde que entrevistei a
Mãe ao Cubo e que falamos um pouco sobre o babywearing que fiquei com o
bichinho e depois de uma amiga me ter "emprestado" um wrap, decidi
investigar mais sobre o assunto.
Desde de pesquisa na
Internet, leituras sobre o tema noutros blogs de maternidades e até grupos no
facebook, descobri então várias pessoas que acredito que me irão ajudar neste
tema.
Funtastic Mom: Quem é a Sabla
D’Oliveira?
Sabla D’Oliveira (SDO): Sou
mãe de um menino de 5 anos, sou empreendedora e seguidora dos meus sonhos. Nasci
em Moscovo, cresci em Cabo Verde e na Madeira e agora vivo em Alenquer. Tenho
36 anos e descobri há dois anos que podia escolher aquilo que queria ser, fazer
e viver. Desde então que estou a construir o meu caminho para assim deixar o
meu legado.
Sou
formada em Psicologia do Desporto e Mestre em Educação Especial, no entanto a
minha vida profissional são os meus projetos: Cukuru e o Baby Signs Portugal.
Funtastic Mom: Como é que
o babywearing chegou à tua vida?
SDO: Acho
que desde que sou criança. Vivi até aos 10 anos em Cabo Verde onde o
babywearing ainda está em todo o lado e lembro-me do meu irmão ser embalado às
costas da senhora que cuidava dele. Mais tarde, ainda antes de ser mãe, com a
minha sobrinha, andei a brincar às costuras e vi um vídeo de como fazer um sling
de argolas. Experimentei e resultou. Ainda fiz alguns para amigos e vendi
outros tantos. Mas foi depois de ser mãe que fez sentido para o dia a dia com
um bebé. Eu criei os meus artigos de babywearing, sem saber nada do assunto e
julgo ser o erro de muitas pessoas. Não fazia ideia se seriam os materiais certos,
no entanto usava o que me parecia dar garantias de segurança e conforto ao meu
pequenote – mal sabia eu da magia dos panos de tecelagem usados no mundo do
babywearing (o que eu perdi...). E eu não passava sem o meu sling de argolas.
Tinha o meu bebé juntinho a mim, ia passear a pé com ele todos os dias desde os
seus 10 dias de vida. Ele nasceu em Janeiro, e ainda assim saíamos mesmo ao
frio ou à chuva, isto porque estávamos “coladinhos” (eu tinha um casaco grande
e fechava à frente até ao pescoço dele) e andávamos por baixo do guarda-chuva.
Em
2016 fiz um curso de consultadoria de Babywearing pela escola espanhola Crianza
Natural, e todo um mundo se abriu! A partir daqui quis espalhar, com ainda mais
força, o movimento do Babywearing, para que mais famílias pudessem aceder a este
colo seguro, confortável e prático.
Funtastic Mom: Podes
falar-nos um pouco sobre o que é o babywearing.
SDO: Vou
dizer mesmo por minhas palavras, porque a definição oficial e as informações
completas encontram-se no site do Babywearing International. O Babywearing é o
ato de levar os bebés (e crianças pequenas) ao colo com a ajuda de um pano,
mochila ou outro porta-bebés ergonómico, não só como forma de transporte, mas
também como forma de ajudar o bebé a adaptar-se ao mundo, a regular a sua
temperatura, as suas emoções e estando em maior contacto com as pessoas ao seu
redor.
Funtastic Mom: Quais os
artigos recomendados para a "prática" do babywearing? (RS, mochilas,
etc...)
SDO: Recomenda-se
tudo o que seja ergonómico e respeite a fisionomia do bebé e do adulto (o que
não é o caso do típico marsúpio, por exemplo). Há, no entanto, artigos que se
recomendam de acordo com a etapa/idade do bebé. Vou falar apenas dos mais
comuns (o pano elástico, o sling de argolas, o pano não elástico e a mochila). O
pano elástico é um excelente começo, serve na perfeição para os recém-nascidos
é fácil e rápido de colocar e aprende-se num ápice. O sling de argolas é muito
prático e o seu uso prolonga-se desde o recém-nascido até depois do bebé
começar a andar, no entanto o grau de dificuldade no uso está acima do anterior
- nada que a prática e um bom consultor não resolvam. O pano não elástico é
maravilhoso, apesar de eu ainda não dominar além das posições básicas, é na
verdade o artigo mais versátil, com maior durabilidade, e também com maior grau
de dificuldade em relação aos anteriores, mas não é um “bicho de 7 cabeças”.
Recomendo que para usar o pano não elástico aprendam com uma consultora com
alguma experiência. Por fim a mochila, a mais fácil de todas, é apenas ajustar
e andar, no entanto é preciso averiguar a idade/tamanho mínimo para se usar com
o bebé de acordo com as marcas.
Funtastic Mom: Que cuidados
devemos ter na prática do babywearing?
SDO: Há
4 dicas de segurança a averiguar sempre que se pratica o babywearing:
1) vias
aéreas desobstruídas (o queixo do bebé deve estar afastado do peito);
2) a
cabeça do bebé deve estar à distância de um beijinho;
3) respeitar a curvatura
natural da coluna do bebé; e por fim
4) a linha dos joelhos deve estar acima da
linha do rabinho, a posição em “M” ou sapinho.
Funtastic Mom: Quais são, para os bebés, os
benefícios associados ao babywearing? E para as mães?
SDO: O primeiro benefício
que aponto é que os bebés choram menos e há estudos que o comprovam. São bebés
mais calmos, seguros e confiantes. Têm menos cólicas pelo calor de estar em
contacto físico do colo e pela posição das pernas em “M”, além de que muitas
cólicas são por vezes confundidas com necessidade de contacto físico, o que
passa completamente ao lado com o babywearing. As mães também ficam mais
confiantes, porque conseguem corresponder de forma mais imediata às
necessidades do bebé, sentem menos stress e ansiedade (estão constantemente a ouvir
a respiração do seu bebé e sabem que ele está seguro) e a proximidade ajuda-as a
conhecer melhor o seu pequenote.
A vinculação estabelece-se de forma segura e
isto é benéfico para ambas as partes.
Funtastic Mom: O
babywearing é ao associado muitas vezes às mães mas tem existem pais que o
fazem. Qual é a sua opinião sobre o assunto?
SDO: Pais,
avós, tios, padrinhos... todos devem experimentar a sensação de ter um bebé
assim juntinho. O meu marido usava o sling de argolas com o nosso filho e ficava completamente derretido, acho que é o mais próximo que ele pode
sentir de uma gravidez. Os laços que se formam com este contacto é
incalculável, pois eles adormecem com o nosso batimento cardíaco e a ouvir a
nossa respiração e voz. E se há este contacto tão forte com a mãe, o
babywearing traz também ao pai este contacto que de outra forma não seria
possível.
Funtastic Mom: Onde
podemos comprar artigos de confiança? O que devemos ter em conta na hora da
compra? Quais os critérios?
SDO: Os
artigos devem ser de marcas de referência, testadas e em tecidos sem químicos.
Antes da compra devem sempre experimentar, com uma consultora de preferência,
para que descubram que tipo de artigo se adequa mais ao estilo de cada família,
depois é escolher a marca. Na dúvida em relação à venda de um artigo numa loja
online, podem questionar a loja oficial da marca e garantir que não se trata de
falsificações ou o mais prático é perguntar a uma consultora. Há um grupo no
Facebook (Babywearing Portugal) criado por consultoras portuguesas, onde se pode encontrar uma lista de lojas de confiança em Portugal e
não só.
Funtastic Mom: Se a quisermos contactar para um consulta, como e onde o devemos fazer?
SDO: Eu
estou em Alenquer . Podem seguir-me na página de Facebook Cukuru – Baby Signs eBabywearing, juntar-se ao grupo Babywering Cukuru – consultoria e venda deartigos - Sabla D’Oliveira.
Podem contactar-me por telemóvel 935631400 ou por e-mail cukuru.info@gmail.com.
Para mais informações em , www.babysigns.pt e em www.cukuru.pt.
Podem contactar-me para obter dicas, marcar consulta aqui na zona ou tirar
alguma dúvida.
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