Serei eu a pior mãe do mundo?

Sigo alguns blogs de maternidade que em tudo são perfeitos. Muitos mostram-nos que a vida destas mães são perfeitas, que os filhos dormem a noite toda... que se portam todos super bem... que tudo é perfeito. Mas será que a realidade é mesmo esta? Claro que não. A realidade é um pouco diferente daquilo que queremos mostrar às outras pessoas. Felizmente ou infelizmente a minha realidade é um pouco diferente do perfeito.

Neste momento estou em casa com o bebé Simão porque a escolinha está fechada todo o mês de Agosto, estou grávida de 35 semanas, a trabalhar a partir de casa (felizmente disso não me posso queixar... MUITO) e o meu marido não tem férias este ano. Se está a ser fácil? Claro que não. 

Pensar que estou numa fase em que só me apetece descansar para me “preparar” para aquilo que aí vem e que não consigo. Pensar que gostava de estar a dar toda a atenção do mundo ao bebé Simão, para ele tirar o maior partido de estar em casa com a mãe, enquanto ainda é filho único e não consigo. Pensar que teria muito mais rendimento no trabalho se não tivesse constantemente a ser interrompida (antes fosse interrompida mais vezes e não tivesse tempo para trabalhar 😜). Pensar que podia estar esparramada todos as manhãs na praia com os homens da minha vida e não consigo. Buhhhhh 😤😤

Serei eu a pior mãe do mundo?

Aquela que não tem tempo para dar ao filho toda a atenção que ele merece. Aquela que perde a paciência quando começam as birras, só porque alguém quer fazer qualquer coisa que não deve. Aquela que gostava de ser perfeita e gostava de ter força e coragem para o levar sozinha todos os dias à rua, mas sabe que na hora de vir para casa alguém vai querer voltar juntamente com uma grande birra. Aquela que, agora grávida de 9 meses, acha que foi uma má ideia voltar a engravidar. Aquela que acha que o  Simão merecia uma mãe melhor, uma mãe diferente.

Bem eu sei que sou uma mulher forte e que tudo se consegue com esforço e dedicação. Por isso vou tentar ser mais corajosa, mais forte, mais paciente, mais tolerante, mais.... Que vou precisar de tudo isso quando a bebé A. nascer e para além de ter de dar atenção a um recém nascido, vou ter de me desdobrar e dar toda a atenção do mundo o bebé Simão.

A todas as mães que de uma maneira ou de outra se identificam com tudo o que escrevi FORÇA. Somos todas fortes e corajosas. E pelos nossos filhos somos capazes de tudo.


Inês Leite Rocha



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