#1 - Ana Rita Oliveira - Babywearer


Desde que entrevistei a Mãe ao Cubo e que falamos um pouco sobre o babywearing que fiquei com o bichinho e depois de uma amiga me ter "emprestado" um wrap, decidi investigar mais sobre o assunto.
Desde de pesquisa na Internet, leituras sobre o tema noutros blogs de maternidades e até grupos no facebook, descobri então várias pessoas que acredito que me irão ajudar neste tema.
Funtastic Mom: Quem é a Ana Rita Oliveira?
Ana Rita Oliveira (ARO): Eu sou uma mulher de 37 anos, mãe de 2 meninos, que descobriu que ser mãe é a maior dádiva do mundo.

Funtastic Mom: Como é que o babywearing chegou à tua vida?
ARO: Nas aulas de preparação para o parto que frequentei durante a primeira gravidez, foi quando ouvi falar pela primeira vez em babywearing propriamente dito, embora não fosse algo completamente desconhecido. Simplesmente não me tinha ocorrido até àquela altura que poderia carregar o meu bebé junto a mim e poder ter alguma liberdade nos primeiros tempos com um recém-nascido.

Funtastic Mom: O que é para ti o babywearing?
ARO: O babywearing para mim tornou-se muito mais do que o ter liberdade de movimentos e poder realizar tarefas. Além de ser mais prático e simples percorrer a cidade a pé ou apanhar transportes públicos, poder fazer algumas tarefas domésticas enquanto damos colo, o babywearing é também uma forma de amor, de dar e receber amor ao/do nosso bebé. A proximidade torna-nos mais cúmplices, os olhares, o toque, o cheirinho, a segurança que tanto mãe e bebé sentem, tudo isso é amor!

Funtastic Mom: Sei que és embaixadora da Mamaruga, podes explicar-nos como é que isso surgiu na tua vida e no que consiste.
ARO: Já faço babywearing há quase 3 anos, embora não de forma contínua. Deixei de carregar o mais velho quando ele começou a andar e se tornou mais autónomo, mas não me desliguei do assunto, sempre fui lendo e aprendendo tudo o que podia sobre babywearing nos diversos grupos existentes no facebook. Agora que tenho um bebé pequeno, dei o salto no meu percurso de babywearing para usar panos woven. Claro que como a oferta é muita, fico curiosa para experimentar panos de diferentes marcas, com diferentes composições/blends, etc...
Por isso quando vi o anúncio da marca Mamaruga, que eu desconhecia, candidatei-me e fui escolhida como embaixadora. Este papel permite-me testar os diferentes produtos e ajudar a divulgar a marca junto da comunidade portuguesa.

Funtastic Mom: Ana, sei que tens 2 filhotes lindos. O A. de quase 3 aninhos e o B. de 9 meses, como é ser mãe de duas crianças tão próximas? O babywearing ajudou-te?
ARO: A diferença de idades entre os meus filhotes é de pouco mais de 2 anos, e isso trouxe-me alguns desafios, uma vez que a necessidade de atenção e colo é muito grande e eu não consigo dividir-me em duas! Por isso o babywearing tornou-se o meu ritual diário, desta forma consigo dar colo ao mais pequenino e dar também atenção ao mais velho. De manhã e à tarde, nas rotinas de casa-carro-escola, usamos ring-sling. Depois em casa, à tarde e à noite, sempre que é preciso um colinho para uma sesta ou simplesmente para conseguir fazer o jantar, uso panos. Aproveito sempre que posso para experimentar novos portes e dar uso aos panos-viajantes que vou recebendo.

Funtastic Mom: Tudo o que sabes sobre o babywearing neste momento é completamente diferente do que sabias quando começaste a carregar o A.. O que mudou desde que o começaste a carregar?
ARO: Mudou tudo!! Quando comecei a carregar, acho que cometi o erro que a maioria comete, que foi usar um porta-bebés não ergonómico! Era um pouch-sling e usei o meu filhote umas quantas vezes deitado. Depois emprestaram-me um marsúpio, e aí quando o vi com as pernas penduradas pensei logo que aquilo não era bom. Graças ao grupo Babywearing Portugal, aprendi o que eram porta-bebés ergonómicos, qual a importância da ergonomia para a segurança e saúde do meu bebé, o que era aconselhado e recomendado, e a partir daí foi uma questão de ir experimentando. Com o primeiro filhote usei apenas mochilas ergonómicas, mas com a chegada do segundo filho senti maior confiança para experimentar os panos, e desde aí fiquei viciada!

Funtastic Mom: Qual é o teu maior sonho enquanto babywearer?
ARO: Neste momento sou uma babywearer intermédia, não sou exactamente novata, mas olho para as "gurus" do babywearing e sinto que gostava de chegar ao nível delas, ter aquele à vontade a colocar o pano, a ajustá-lo na perfeição, a fazer acabamentos bonitos. Era aí que gostava de chegar. Até lá, quero testar todos os panos que puder e quero continuar a desafiar-me, a sair da minha zona de conforto e experimentar novos portes. Ao mesmo tempo que digo isto sinto um pouco de medo. Sei que o babywearing é algo passageiro na minha vida, o meu bebé vai crescer e vai deixar de querer ser carregado. Só espero ter tempo para conseguir aprender e desfrutar de tudo o que o babywearing me proporciona.

Funtastic Mom: Se pudesses deixar um conselho aos recém papás deste país, qual seria?
ARO: Acho que hoje em dia os pais são bombardeados com toneladas de informações sobre tudo o que diz respeito a bebés e filhos, e muitas vezes ficam baralhados. Por isso o meu conselho é que filtrem, filtrem essa informação e absorvam aquilo que faz sentido para vocês. Não se sintam culpados por errar, todos erramos de uma forma ou de outra. Todos queremos o melhor para os nossos filhos, e todos temos q começar por algum lado. Em relação ao babywearing, mantenham uma mente aberta, procurem opiniões de quem realmente percebe do assunto, façam uma consulta com uma consultora de babywearing, experimentem tudo até encontrarem o porta-bebés ideal para vós. Não tenham medo de fazer perguntas, há toda uma comunidade para vos ajudar. E acima de tudo, aproveitem todos os momentos com os vossos filhos, todos os colos, todas as sestas, porque o babywearing é acima de tudo AMOR!

Inês Leite Rocha

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